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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

por Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

A Rússia lançou, pela primeira vez, um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia, tendo como alvo empresas e infraestruturas críticas na cidade de Dnipro. Na última noite, a embaixada norte-americana em Kiev retomou os seus serviços, depois de ter estado encerrada por risco de ataque russo com mísseis de longo alcance. Também a embaixada de Portugal deverá recomeçar a funcionar com serviços mínimos. Acompanhamos aqui o evoluir da situação.

Emissão da RTP3


Serviço Nacional de Emergência da Ucrânia via Reuters

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por RTP

Polónia diz que base de mísseis dos EUA é para defesa e não para ataque

Um porta-voz do Ministério polaco dos Negócios Estrangeiros assegurou esta manhã que não existem mísseis nucleares na base de mísseis dos EUA na Polónia.

Em resposta a uma acusação da Rússia, que argumentou que a base levaria a um aumento do nível geral de perigo nuclear, Pawel Wronski afirmou ainda que os mísseis são para defesa e não para ataque.

"Tais ameaças servirão certamente como argumento para reforçar as defesas aéreas da Polónia e da NATO, e devem também ser consideradas pelos Estados Unidos", acrescentou o porta-voz.
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Rússia diz ter abatido dois mísseis Storm Shadow

As defesas aéreas russas abateram dois mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia esta quinta-feira, citado pela agência de notícias Interfax.

Entretanto, a agência RIA avançou que as forças russas tomaram a vila ucraniana de Dalne.
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Rússia disparou pela primeira vez um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia

A Força Aérea ucraniana avançou há momentos que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental ICBM a partir da região de Astrakhan durante um ataque ao início desta manhã.

Segundo Kiev, o ataque teve como alvo Dnipro, cidade atingida com "vários tipos de mísseis", e teve como alvo empresas e infraestruturas críticas.

Esta é a primeira vez que a Rússia lança um míssil balístico intercontinental em direção à Ucrânia desde o início da guerra. Estes mísseis são capazes de viajar milhares de quilómetros.

As Forças Armadas ucranianas disseram, por sua vez, ter abatido seis mísseis de cruzeiro Kh-101 durante o ataque.
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Coreia do Sul condena envio de tropas norte-coreanas para a Rússia

O envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia é um "crime contra a humanidade" e torna jovens em "carne para canhão" na "invasão ilegal" da Ucrânia, considerou o vice-ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Seon-ho. O responsável falava numa reunião de ministros da Defesa da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASAEN).
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Grande Entrevista. Elisa Ferreira acredita que Europa não recuará no apoio à Ucrânia

A comissária europeia Elisa Ferreira considera que a Ucrânia já deu provas suficientes para merecer fazer parte da União Europeia.

A poucos dias de terminar o mandato, a comissária esteve na Grande Entrevista da RTP3 a falar do alargamento do projeto europeu, que, diz, tem de ser pautado por autonomia na defesa e na indústria.
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Ucrânia. Augusto Santos Silva acredita que "a Europa assumirá as suas responsabilidades"

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva entende que a Europa pode fazer frente à Rússia, mesmo sem os Estados Unidos.

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por RTP

Hungria vai instalar sistema de defesa aérea perto da fronteira com a Ucrânia

A Hungria vai instalar um sistema de defesa aérea no nordeste do país, uma vez que a ameaça de uma escalada na guerra entre a Ucrânia e a Rússia é "maior do que nunca", declarou esta quinta-feira o ministro húngaro da Defesa.

"Ainda confiamos que haverá paz assim que possível, através da diplomacia e não de uma solução militar", disse Kristof Szalay-Bobrovniczky num vídeo publicado no Facebook.

"No entanto, para nos prepararmos para todas as possibilidades, ordenei que fossem instalados no nordeste do país sistemas de controlo aéreo e de defesa aérea recentemente adquiridos", afirmou no final de uma reunião do Conselho de Defesa, convocada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán para debater os desenvolvimentos na Ucrânia.

"A ameaça de uma escalada da guerra entre a Ucrânia e a Rússia é maior do que nunca", acrescentou.
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Rússia está pronta para considerar qualquer iniciativa de paz "realista"

A Rússia está pronta para considerar qualquer iniciativa de paz "realista" sobre a guerra na Ucrânia que tenha em consideração os interesses de Moscovo e a situação no terreno, avançou esta quinta-feira a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.

Segundo Zakharova, a Rússia está aberta a conversações e grata aos países que tentam ajudar a alcançar um acordo de paz.
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Ponto de situação
por RTP

Estados Unidos reabrem embaixada em Kiev

  • Na Ucrânia, a embaixada dos Estados Unidos reabriu nas últimas horas, depois de os serviços terem sido encerrados por causa da “ameaça de um ataque aéreo significativo” por parte da Rússia, na sequência do primeiro lançamento de mísseis de longo alcance por parte da Ucrânia. A reabertura foi anunciada na rede social X pela embaixadora norte-americana na capital ucraniana, Bridget Brink;


  • “Continuamos a encorajar os cidadãos dos Estados Unidos a estarem vigilantes, a seguir fontes ucranianas oficiais para atualizações e a prepararem-se para se abrigarem se for anunciado um alerta aéreo”, recomenda a representação diplomática dos Estados Unidos em Kiev;



  • Pelo menos seis representações diplomáticas foram encerradas na quarta-feira: Estados Unidos, Espanha , Itália, Hungria, Grécia e Portugal;


  • O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, mostrou-se na última noite, em declarações à RTP3, convicto de que a embaixada portuguesa em Kiev será reaberta com serviços mínimos;


  • A embaixada francesa em Kiev permaneceu aberta, limitando-se a exortar os cidadãos do país em solo ucraniano a permanecerem cautelosos;


  • A Ucrânia lançou, na quarta-feira, misseis britânicos Storm Shadow contra território russo, após o primeiro ataque com projéteis ATCMS norte-americanos, avançaram os media do Reino Unido. Os governos britânico e ucraniano mantiveram-se em silêncio;


  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admite que o país poderá capitular, caso o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancele o apoio militar até agora prosseguido pela Administração Biden;


  • Volodymyr Zelensky referiu-se, por outro lado, às notícias de um iminente bombardeamento russo como “mensagens para induzir o pânico que apenas ajudam” o Kremlin. “É sempre importante tomar atenção aos avisos de ataques aéreos. Temos um vizinho que é louco”, acrescentou;


  • Em entrevista divulgada na quarta-feira, Sergei Naryshkin, número um dos serviços secretos externos da Rússia, renovou a ameaça de retaliação contra países da NATO que facilitem ataques ucranianos com mísseis de longo alcance contra solo russo.
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por Lusa

Coreia do Norte e Rússia concordam em expandir cooperação económica

Vladimir Smirnov - Sputnik via Reuters

A Coreia do Norte e a Rússia chegaram a um novo acordo para expandir a cooperação económica após conversações em Pyongyang esta semana, informou hoje a agência de notícias oficial norte-coreana.

A KCNA não revelou detalhes do acordo assinado na quarta-feira entre dirigentes governamentais da Coreia do Norte e uma delegação liderada pelo ministro dos Recursos Naturais e Ecologia da Rússia, Alexandr Kozlov.

A agência de notícias pública russa TASS tinha dito na terça-feira que, após uma ronda anterior de negociações, os dois países concordaram em aumentar o número de voos fretados, para promover o turismo.

Kozlov, que chegou à Coreia do Norte no domingo, reuniu-se com o líder norte-coreano Kim Jong-un e com o principal responsável económico do país, o primeiro-ministro Kim Tok-hun, antes de regressar à Rússia na quarta-feira, informou a KCNA.

Durante a visita de Kozlov, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a doação ao Jardim Zoológico Central de Pyongyang de mais de 70 animais, incluindo leões, ursos e várias espécies de aves, avançou a TASS.

Putin visitou a Coreia do Norte em junho, na sua primeira deslocação ao país em 25 anos.

A Coreia do Sul tem alertado para um aumento significativo da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, na sequência da assinatura de um acordo de parceria estratégica entre os dois países.

O acordo, que inclui uma cláusula de defesa mútua em caso de ataque, foi assinado depois de Putin e Kim Jong-un se terem encontrado em setembro no extremo leste da Rússia.

Seul calcula que Pyongyang já tenha enviado 11 mil soldados para a Rússia, dos quais cerca de três mil se encontram no oeste do país.

Na quarta-feira, os serviços secretos sul-coreanos confirmaram um aumento do envio de armas norte-coreanas para a Rússia para serem utilizadas na guerra contra a Ucrânia.

A informação foi dada pelo Serviço Nacional de Informações à Comissão de Informações da Assembleia Nacional, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Os serviços secretos precisaram que a Coreia do Norte enviou para a Rússia artilharia de longo alcance, incluindo obuses autopropulsados de 170 milímetros (mm) e lançadores múltiplos de foguetes de 240 mm.

A medida surge depois de militares norte-coreanos enviados para território russo terem começado a envolver-se em confrontos com tropas ucranianas, juntamente com as forças russas, segundo a Yonhap.

Kim Jong-un afirmou recentemente que os Estados Unidos e outros países ocidentais lançaram uma guerra contra a Rússia "utilizando a Ucrânia como tropas de choque".

O líder norte-coreano alertou para o risco de uma terceira guerra mundial devido às ações de Washington em várias partes do mundo.

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por Graça Andrade Ramos - RTP

Paulo Rangel confia que Rússia não irá usar armas nucleares

Caitlin Ochs - Reuters

O ministro dos Negócios Estrangeiros assumiu na última noite, em entrevista à RTP3, ter ficado preocupado com a alteração do protocolo nuclear russo, decidida pelo presidente Vladimir Putin esta semana.

Paulo Rangel acredita contudo que a Rússia não irá transformar a guerra com a Ucrânia num conflito nuclear. 

"Estamos com alguma confiança de que esse passo não será dado", afirmou.

"O conflito está numa altura de grande tensão, há mudanças geopolíticas ", reconheceu o diplomata, "mas julgamos que o risco nuclear estará excluído, porque a própria Federação Russa terá noção de que, isso seria um passo de tal maneira grave que criaria um conflito de outro tipo".

"Nós estamos sempre a apelar à contenção e ao respeito pelo direito internacional", referiu, lembrando que essa mesma mensagem foi deixada na Cimeira do G20, no início da semana, e mesmo reconhecendo a existência de "um fator que nos preocupa", especificamente o desrespeito do direito internacional por parte da Rússia ao invadir a Ucrânia, a par da posse de armas nucleares.
A decisão russa de  modificar os seus protoclos nucleares ficou a dever-se à autorização, dada a Kiev por parte de Washington, para o uso de mísseis de longo alcance norte-americanos contra alvos russos.

Kiev apressou-se a fazer uso dessa autorização.
Encerramento da embaixada explicado
O agravamento da tensão levou diversos países ocidentais a decidir pelo encerramento das suas embaixadas em Kiev esta quarta-feira, incluindo Portugal.

Paulo Rangel já tinha desvalorizado a questão durante a tarde, assumindo que os serviços da embaixada já foram fechados "mais de 200 vezes", "nestes mil dias" desde a invasão russa.

"Amanhã a embaixada pode estar aberta ou só segunda-feira", afirmou. "Admito a reabertura com serviços mínimos", acrescentou, com "um diplomata e um funcionário".

É algo que será ponderado dia a dia. "É uma avaliação permanente", caso surja por exemplo um alerta, o funcionamento altera-se. "A decisão é sempre avaliada no momento" explicou.

"Num país em guerra este é o quotidiano de uma embaixada", referiu ainda Rangel. "Até existe já um protocolo" para decidir que tipo de funcionamento será efetuado.

Portugal tem 10 pessoas na embaixada, incluindo dois diplomatas lusos. Vivem com "dois kits de emergência ao seu lado" e "muitas vezes dormem em bunkers e não nas suas residências", explicou. 

Os constantes alertas afetam o funcionamento da embaixada, acrescentou Rangel, considerando que a palavra "encerramento" é "enganosa" porque implica o regresso do pessoal diplomático a Portugal, algo que não vai suceder.
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por RTP

Paulo Rangel sublinha caráter provisório de fecho da embaixada em Kiev

O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinha que o encerramento da embaixada de Portugal em Kiev é provisório e que as instalações até podem reabrir já esta quinta-feira, ou no dia seguinte.

Paulo Rangel lembra que esta não é uma situação inédita, embora admita que é grave, no atual contexto geopolítico, e que a mudança de doutrina nuclear, por parte da Rússia, é preocupante.
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por RTP

Zelensky admite derrota se Trump cancelar o apoio militar a Kiev

Foto: Reuters

O presidente da Ucrânia admite uma derrota face à Rússia se o próximo presidente dos Estados Unidos cancelar o apoio militar. A actual Administração norte-americana anunciou um novo pacote de ajuda no valor de 275 milhões de dólares. E depois dos mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos, a Ucrânia atacou território russo pela primeira vez com os mísseis Storm Shadow cedidos pelo Reino Unido.

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por RTP

Washington aponta dedo à Russia no corte dos cabos submarinos do Báltico

Foto: Anne Kauranen - Reuters

Os Estados Unidos apontam o dedo a Moscovo no corte dos dois cabos submarinos no Mar Báltico. A Rússia nega as acusações. Portugal tem 20 destes cabos que carregam todas as informações secretas. As forças armadas acreditam que a Rússia tenta roubar esses dados sempre que passa em águas portuguesas.

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